Thursday 30 October 2008

Réussite! Immigration Québec

Finally I got the CSQ (Certificat de sélection du Québec) and consequently I have the right to apply for a visa to immigrate to Québec!
It was not easy to be accepted due to my age (and the interviewer mentioned it) but other assets were taken into account...
I feel happy but at the same time there's a feeling of sadness as I think about leaving my job, my friends, my family, ... It's not gonna happen now though...
Read the full interview right below (in Portuguese):
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Cheguei às 8h35min no prédio, fiz o cadastro na recepção e foi-me dito que minha entrada no escritório ainda não estava autorizada.
Fui dar umas voltas pelas redondezas, tomei um suco de laranja e retornei por volta das 9h00min; ainda assim a recepcionista disse que ela não havia recebido autorização para me deixar subir. Aguardei mais 5min e logo minha entrada foi autorizada.
O escritório fica no 15º. andar, parecia uma eternidade chegar lá. Fui recebido com “Bon jour” pela recepcionista e logo em seguida “Asseyez-vous s’il vous plaît”. Quando me dirigi ao hall de espera, já avistei de longe uma sala aberta onde se encontrava meu entrevistador, lendo alguns documentos. Devia ser o tal do africano que alguns entrevistados mencionaram... [Na verdade, parece-me que ele é haitiano.]
Aguardei uns 15min, assistindo a um vídeo chamado “Infiniment Québec” e em seguida o entrevistador me chamou. Vestia um paletó xadrez meio alaranjado, uma gravata amarela e uma calça social cuja cor me parecia salmão... Logo de cara ele começou a falar em francês e me perguntou quais línguas eu falava e eu disse que, além do português, falava inglês e um pouco de francês, no que ele começou a deslanchar, pra minha surpresa, perguntas em inglês! Perguntou coisas sobre meu trabalho atual, minha profissão etc.
Voltou para o francês e, no decorrer de minhas respostas às suas perguntas, disse que meu francês não era tão avançado, conforme eu havia mencionado no dossiê. Na mesma hora, saquei da minha mochila o resultado do TFI (Test de français international), que apontava minha nota total de 830 sobre 990 possíveis, o que me colocava, sim, num nível avançado, segundo avaliação da UP Language, aplicadora do teste, e da própria ETS. Ele pegou esse resultado e foi para o computador. [Obs. Decidi pelo TFI por ser bem mais barato que o TCF e o TEF; custou-me R$ 180,00 comparado a mais de R$350,00 dos outros dois. O TFI compreende 90 testes de compreensão oral (listening), em 48 min, e 90 testes de compreensão escrita, em 62 min. Não tem avaliação verbal.]
Aliás, devo dizer que nesse momento a impressão que me dava é que, de fato, segundo alguns relatos que li no Orkut, esse entrevistador estava interessado somente na pontuação. Não demonstrou nenhum ar de simpatia, de informalidade, nada do que eu ouvi falar sobre os antigos entrevistadores. Não houve nenhum interesse da parte dele em saber acerca de meus conhecimentos sobre o Québec, aspectos culturais, políticos, climáticos, quais os motivos para eu querer ir pra lá, não perguntou quase nada de minha vida pessoal, ...
Devo dizer que particularmente eu prefiro um tratamento como o dele, o que demonstra imparcialidade, e também não deve ser nada diferente do que devemos esperar dos quebequenses que trabalham em serviços públicos.
Durante nosso encontro, ele me pediu diplomas, comprovantes de trabalho, viu meu demonstrativo de pagamento de salário, certidão de nascimento, perguntou se tinha filhos (não tenho), se era casado (não sou casado), se eu tinha feito pesquisa sobre minha área de trabalho no Québec (eu mostrei algumas ofertas de trabalho na minha área em Montreal, aliás, minha área é Finanças).
No final, ele imprimiu uma folha com o resultado e disse que minha pontuação era insuficiente para a aprovação, basicamente por causa de minha idade (38 anos). Na verdade, eu já sabia que minha idade seria o maior empecilho para a aprovação, motivo pelo qual eu investi tempo e dinheiro para colocar meu francês num nível avançado, que era pra compensar esse problema. Ele disse que se eu tivesse um mestrado ou doutorado, isso poderia até ajudar, mas o grande obstáculo era a idade.
Foi aí que ele começou a amolecer: demonstrou uma certa indignação com o resultado, querendo dizer que ele havia tentado me ajudar no que pôde, me mostrou que eu havia feito uma ótima pontuação nos outros quesitos, etc. Naquele momento, eu simplesmente joguei a toalha e vi que todo meu esforço no aperfeiçoamento do francês não tinha sido suficiente. Ou seja, o resultado estava fora do meu alcance, o fator idade pesava muito. Eu nem tive forças pra argumentar que eu havia feito a simulação no computador e tinha sido aprovado somente quando eu colocava nível de francês avançado. Eu nem acho que se meu nível tivesse dado fluente as coisas iriam mudar muito.
Foi então que eu me levantei, muito chateado, sem dizer absolutamente nada, apenas ouvindo ele dizer que meu perfil era muito bom, que eu tinha ótimos níveis de francês e inglês, que eu tinha ótima experiência de trabalho, etc. E que ele iria fazer um pedido para que eu fosse aprovado, que dificilmente seria negado e que era pra eu aguardar uma carta na semana seguinte. Segundo ele, era quase certo que eu seria aprovado. O entrevistador mostrou um lado bem mais sensível do que eu poderia imaginar, ele estava triste pois parecia que estava torcendo pra eu ser aprovado pelo sistema. Não parava de falar, parecia que queria até me consolar... Voltei pra casa completamente desolado, mas pouco a pouco me dei conta que havia feito meu melhor e que, se não tinha sido daquela vez, haveria outras.
Eram 15h30min da tarde do mesmo dia quando o telefone tocou. Era do escritório do Québec pedindo pra que eu comparecesse lá até o dia seguinte. Não esperei nem mais um segundo, peguei meu carro e me dirigi ao escritório imediatamente. Chegando lá, a recepcionista me pediu pra preencher uma folha com meu nome, profissão, data, local e assinatura. Fui encaminhado à sala do entrevistador que me disse que eu havia sido aprovado!!! Nesse momento ele foi bem profissional, não demonstrando sentimento algum, simplesmente me entregou o CSQ e mais duas folhas referentes à entrada de visto de residente permanente junto à embaixada canadense. Por último disse: “Bonne chance!” Ao que fui embora feliz...
Ao final de tudo fica uma lição: a pontuação é fundamental, mas a palavra final é dele, ou seja, se alguém tiver pontuação suficiente, a aprovação é automática, mas se a pessoa não tiver a pontuação mínima exigida, ainda assim haverá uma chance dependendo da avaliação subjetiva do entrevistador, cujos critérios variam caso a caso.
Desejo sucesso a todos!
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8 comments:

Juba e Dea said...

Parabéns Marcelo
Sei que esta vitória foi fruto do seu grande trabalho em aprender a francês etc.
E bom processo federal. :)

Juba&Dea

Anonymous said...

Parabéns, Campero!! Se vc nao conseguisse seria uma surpresa. Até breve,
Marcelo Guedes

Anonymous said...

Marcelo,


Parabéns!!!



Marco
Canada et quebec Immigration

Ricardo said...

Caramba Marcelo, eu te confesso que a medida que ia lendo seu post eu ficava cada vez mais apreensivo.
Ainda bem que no final tudo deu certo viu, ainda bem.
Fiquei muito feliz por vc, muito feliz mesmo viu.
Agora fico tb muito preocupado com minha situação viu, eu sou casado, mas eu nao tenho um frances avançado e meu ingles é basico, minha esposa o frances é do basico pro intermediario, trabalho como webdesigner, tenho muita experiencia na minha area, mas estou com muito medo mesmo de bombar viu, caramba.
Tudo de bom pra vc, boa sorte agora nas próximas etapas.
Abraço

Fê e Rô said...

Parabéns, Marcelo !!
Hoje quando li seu relato por um amigo fiquei muito feliz. mas foi durante uma reunião de trabalho que me dei conta que poderia ser você o Marcelo do relato.
Não tive duvidas sai da sala para ter a certeza de que seria você e quando entrei em seu blogge nossa que felicidade.

Parabéns Marcelo

Abraços

Rô & Fê

Unknown said...

Marcelo,

Muito interessante seu relato. Fiquei muito feliz por você conseguir o CSQ, principalmente porque mostra para as pessoas que o entrevistador não é um "bicho-papão", apesar de ser sempre sério. E comprova, mais uma vez, que o importante é você ter algo a oferecer ao Quebec, porque foi aprovado mesmo sem ter atingido a pontuação.

Você deixou uma mensagem no orkut para mim, mas apaguei antes de ler, pois estava apagando algumas mensagens e não percebi que era uma nova mensagem que estava entrando. Ainda bem que encontrei o seu relato. Vou postar na comunidade, e se quiser participar dela, seja bem vindo.

Parabéns! Mais uma vitória!

Juba e Dea said...

Olá Marcelo
Tudo bom....
Sobre a fase federal, acabei de enviar no seu e-mail.
Abrçs
Juba

Mírian Mondon said...

Marcelo, nem acredito que voce passou por toda essa ansiedade!
Tambem nao acredito que o entrevistador ousou dizer que seu nível não era avançado! De todos os alunos que preparei para a imigracao voce é sem duvida o mas avançado, e a maioria tinha um nível muito bom!
Mas afinal ele é um agente de imigracao e nao um professor de idiomas. Fico MUITO feliz que voce tenha feito o TFI! Contra um exame internacional não existe argumento.
Mas... esperava um pouco mais de discernimento. Entretanto, fico feliz por ele ter mostrado interesse, isso mostra que ele no geral foi sábio. Sempre disse a voce por mais inexperiente que fosse seu entrevistador ele saberia reconhecer que voce é dádiva para qualquer país!

Parabens mais uma vez, voce merece essa vitoria!